terça-feira, 24 de maio de 2011

Pátio da casa da Vó, jogando bolinha de gude... Dá para ver o inhaque da Rose?


O Marcus foi o terceiro neto na linhagem dos Pinheiro. A primeira neta da Dona Ecilda foi a Rosemary Pinheiro Kern.
Foi a primeira que nasceu, em abril de 1961, filha da Sônia Maria Pinheiro Kern e do Osmar Kern. Era afilhada da Lena (mãe do Marcus) e teve de esperar três longos anos até que ele nascesse, em junho de 1964.
A Rosemary (e ela gosta de ser chamada de [rosemarí] assim, com acento no "i"), não foi apenas a primeira na cronologia. Era a primeira no coração da Dona Ecilda também... a queridinha da Vó, embora as duas negassem isso a vida toda...
Mas isso é outra história!

O segundo neto foi o Celso André Pinheiro, filho do Rui e da Clarice Pinheiro, mas a proximidade da casa da Lena ou a magia da casa dos avós, fez com que a presença dos filhos da Lena na casa da Dona Ecilda fosse muito mais frequente que a dos demais.
Era uma rotina simples a da Maria Helena nesta época: moravam no apartamento, ali na Travessa Jaguarão, no Passo D'Areia (a primeira casa do Marcus) e vinham cedo para a casa da vó. Iam pela rua a Lena e o Marcus, normalmente de calçãozinho curto, feito em casa, e sem camisa, a pé e de mãos dadas. O Marcus, segundo me contou a Lena, certa vez, quando passava por uma fruteira que ficava no caminho, sempre pedia "Mãe, dá uma maçã?"
Mas eram tempos difíceis. A Lena nunca tinha o dinheiro para comprar... e, se acaso tivesse, não poderia se dar a esse luxo.
Todos os dias. Daí, já viu, né?
Passar ali e explicar a situação para o pequeno Marcus que, acho, nunca esqueceu a importância de uma maçã. Uma vez ele me contou que lembrava perfeitamente disso e que ia embora pensando no gosto que deveria ter aquela fruta... aquela ali que ficava exposta.
A Lena contava que uma moça que trabalhava ali ficava na porta, olhando aquele bebê (lindo, segundo a mãe)passar sem camisa, todos os dias e ficava admirando o guri, que pedia - e não chorava quando ouvia um não. A moça chegou a apelidar o Marcus de "o homem que não usava camisa"...

Por fim chegavam lá no numero 911 da Assis Brasil e cenas como a da foto eram comuns. Na foto, a Rose e o Marcus jogam bolinha de gude no fundo da casa da vó. Ao fundo, como não poderia deixar de ser, uma casa de cachorro, uma presença constante lá e que nos acompanhou por toda a infância. Não sei quem era o cão dono da casa, vou precisar da ajuda dos mais velhos, ou "da mais velha", no caso, a Rose (hehehe).
Continua depois...

Nenhum comentário:

Postar um comentário