terça-feira, 14 de junho de 2011

Em Caxias do Sul o Início da Linhagem dos Pinheiro

Dona Ecilda e os primeiros filhos, com a Mãe, Saturnina Flores


A foto em preto e branco mostra um singelo momento da jovem mãe com os primeiros filhos. Chegaram  a um total de nove, seis homens e três mulheres.  Natural da terra mais fria do Brasil, São Joaquim, em Santa Catarina, a Dona Ecilda veio morar em Caxias do Sul ainda nova.
Certa vez me contaram que conheceu e ficou amiga de uma moça no colégio de freiras, no qual estudou os primeiros anos do primário. A Vó tinha muito boas lembranças destes anos de estudo e muita saudade das experiências daquela época. Tinha grande vocação para estudar e seguir alguma outra carreira, no campo da intelectualidade ou da pintura, talvez. Aliás, lembro de um belo quadro pintado por ela que jazia pendurado na parede, lá no IAPI. Uma vez perguntei a ela de quem era a pintura e ela respondeu, sem me dar muitos detalhes, que tinha pintado no colégio. Mas, até para uma pequena guria curiosa como eu era, deu para perceber a melancolia na resposta e o olhar que se demorou só alguns segundos olhando para aquela paisagem, mostrava um quê de tristeza silenciosa.
Mas, voltando à história das nossas vidas, a moça que a Vó conheceu (eu sempre ouvi chamarem de "Tia Rola"), como quis o destino, era irmã do (então jogador de futebol do Esporte Clube Juventude) Joventino. Apesar de o fato de ser jogador não ser nada glamouroso como nos tempos atuais, sabia-se que era um jovem solteiro e bonito.
Do romance entre o Joventino e a Ecilda, infelizmente, sei muito pouco. Sei apenas que a Tia Rola acabou promovendo a curiosidade entre os dois para que se conhecessem, o que segundo me contaram, foi muito dificultado pela extrema timidez do Vô Tinto. Certa ocasião, inclusive, ele ficou sabendo que ela estava entrando na casa deles para visitar a irmã e (possivelmente) para conhecê-lo. Tomado pelo nervosismo e, sem poder conter o pânico, ele pulou a janela do quarto, saiu pelo pátio e fugiu para a rua, apenas para evitar o encontro...
Não sei quanto tempo isto durou, embora quase possa ouvir a risada da Tia Rola por causa disso. O fato é que aqueles dois jovens acabaram se conhecendo e que a Ecilda foi o grande amor do Vô Joventino. Venceu a timidez e casou com aquela moça “muito bonita”, como ele dizia.
Na foto, em Caxias do Sul, em que  nasceram os primeiros filhos da Dona Ecilda , ainda muito jovem, no início dos anos 40, com a pequena Sônia Maria nos braços. Em pé, da direita para a esquerda, estão o filho mais velho Raul e o Saul Pinheiro. Em pé, muito séria como sempre vimos na infância, a Saturnina Flores, mãe da Ecilda, a Vó Saturna.
Sobre a Bisavó do Marcus, Saturnina, há algumas históris curiosas e muito peculiares que vamos contar também por aqui, com a ajuda daqueles que conviveram com ela.

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