segunda-feira, 15 de agosto de 2011

E nasceu a Carolina... afilhada do Marcus

Casa da família na Avenida Assis Brasil, aparência e moradores atuais - Foto de Juarez Machado

Pouca gente sabe, mas ainda adolescente, aos 13 anos, o Marcus ganhou a responsabilidade de ser padrinho de um nenê novo na família. Em 15 de agosto de 1977, no meio do inverno gaúcho, nasceu a Carolina da Silva Pinheiro, filha do Renato Pinheiro (grande figura na vida do Marcus) e da Vera Lúcia da Silva Pinheiro.

Para quem viveu e só para quem ouviu falar, cabe relembrar: a casa da Vó Ecilda, na Avenida Assis Brasil, 911, foi uma conquista do Seu Joventino, lá na década de 50 e passou a ser um ponto forte de união do clã Pinheiro.

Como é bastante comum nas famílias brasileiras, o patriarca e dono da terra – no caso o Seu Pinheiro, chamou para perto os filhos e filhas que, já casados e com filhos, não tinham sua casa própria e passaram a morar no mesmo pátio.

Na tarde fria do dia 14 de agosto, a Vera Lúcia deu baixa no Hospital Nossa Senhora da Conceição, e chegou a notícia do nascimento do nenê. Naquele tempo, o sexo do bebê só era conhecido no nascimento, e nasceu uma menina: a Carolina.
Uma alegria para todos, aquela bonequinha de pouco mais de 40 centímetros, ficou uns dias ainda no hospital antes de vir para o IAPI.

A Carolina foi batizada em casa e teve o privilégio de ser apadrinhada pela Rosemary e pelo Marcus. Formalmente, ou seja, religiosamente, era afilhada do Vô e da Vó (é isso, né Carol?)

A casa da Assis Brasil – como era
Uma casa modelo do IAPI, construída e entregue pelo próprio Getúlio Vargas aos trabalhadores da época, pelo critério do número de filhos. Era composta de sala, cozinha, banheiro, três dormitórios, área coberta e um amplo depósito no pátio, em um terreno bastante grande em relação aos padrões de hoje.
Esse blog já referiu http://marcusfeiodelemos.blogspot.com/2011/05/casa-dos-pinheiro-em-porto-alegre.html, que o Vô Joventino fez uma escolha na entrega das chaves. Escolheu a melhor casa, sem o espaço de garagem, mas recebeu a compensação de um terreno de 50 metros de comprimento, com 25 metros – acho – nos fundos.

Para abastecer o fogão à lenha da Vó Ecilda, o estoque de tocos de madeira, de gravetos e galhos era a casinha da lenha, uma casa muito bonitinha, construída sob encomenda e com muito amor pelo Tio Saul para atender as necessidades de sua mãe. Essa casa foi instalada bem lá nos fundos do fundo, atrás até da casa do Pelé, um dos primeiros cães Dobermann que viveram por lá. (Sobre esse carinho especial entre mãe e filho, que havia(há) entre a Ecilda e o Saul, esse blog vai tratar em outras postagens, ok?)

O Cortiço

Vista da Assis Brasil, a casa, de três dormitórios, era do vô e da vó. Contudo, a partir da porta dos fundos, o quintal foi mudando, ano a ano. Primeiro a Sônia, filha mais velha – entre as mulheres – e segundo a Lena: a “queridinha do Vô Joventino”, incorporou o quartinho dos fundos que existia e construiu uma casa completa, no meio do pátio.
Depois, o Renato, filho mais novo e boêmio desde guri, ainda morava com os pais. Quando a paixão pela nova namorada bateu forte, o Renato trouxe a Vera Lúcia para morar com ele. Em um primeiro momento, enfrentou os narizes torcidos dos irmãos e trouxea namorada para morar com ele no “quarto do meio”, ou quarto dos guris, dentro da casa da Vó.
Acredito que tenha sido um pouco pressionado pelos demais, mas o fato é que construiu umas peças no fundo do pátio, colocando para o lado a casinha da lenha e passou a morar ali com a nova família.

Convidada por último, a Lena mandou construir mais duas peças e recebeu os dois quartos que o Vô e a Vó não utilizavam para serem um quarto e sala. A fachada da casa ganhou uma porta lateral e nasceu a casa dos Feio de Lemos – ou seja, a Lena veio morar com os dois filhos, ato que repercutiu muito na vida do Marcus.

Foto: Cortesia do fotógrafo e grande amigo do Marcus, Juarez Machado   

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