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Bisavó "Menta" na frente de casa, em Caxias do Sul |
Em toda a vida de netos do Vô Tinto, jamais tivemos muito acesso às memórias da família em Caxias do Sul. Acredito que, quem mais saberia da história dos Pinheiro teria sido o (tio) Raul Pinheiro, o qual foi morar na cidade desde muito novo e por lá ficou.
Em alguns encontros de família e férias na casa do Tio Raul, que guardamos recordação com muito carinho por toda a vida, podíamos ouvir boas e bem-humoradas histórias do passado. Elas se referiam um passado não muito distante, mas que se perdeu pouco a pouco nas memórias dos mais velhos.
Recordo que o Tio Raul, na beira do fogão à lenha no frio inverno caxiense, contava fatos acontecidos na juventude do Vô e da Vó. Em razão de ter-se mudado para a cidade natal dos pais, não raras vezes ele encontrava pessoas que participaram da vida do pai e da mãe e contava cheios de detalhes os fatos sobre os quais ele tinha tido a oportunidade de saber mais.
Essa singela foto, acredito que tirada na casa dela em Caxias, é da nossa Bisavó Menta, revelada pela Casa Masson, em 1959. Dá para se ver que a paixão pelos cachorros, ou cuscos - como diria o Vô - é atávica. Há, inclusive, muitas histórias de cães da e na família que serão contadas nesse blog doravante.
Uma das coisas que ouvi nas conversas dos adultos da família é que a Bisavó Menta era descendente de indígenas, da tribo dos Bugres e que havia sido frequentadora da Igreja Católica. Lembro de ter ouvido, também (e me corrijam os mais velhos se vai aqui uma meia-verdade) que ela teria sido seduzida por um dos párocos, de nome Zito, e que este teria sido o início do clã dos Pinheiros.
Mas, para não cometer injustiças com os antepassados, esse blog vai buscar entrevistar alguns dos mais velhos para nos apresentar uma versão verossímil desses fatos.